Artroplastia Total de Quadril Contraindicações: Quando o Procedimento Não é Recomendado
A artroplastia total de quadril, conhecida por sua eficácia em tratar artrose avançada e outras lesões graves da articulação, é um dos procedimentos ortopédicos mais realizados no mundo. Entretanto, como qualquer cirurgia de grande porte, nem todos os pacientes podem ser submetidos ao procedimento. Isso ocorre devido a riscos específicos ou condições clínicas que aumentam a chance de complicações. Entenda neste artigo quais são as contraindicações da artroplastia total de quadril e por que a avaliação pré-operatória detalhada é fundamental.
O que são contraindicações na artroplastia total de quadril?
Contraindicações são condições de saúde ou características do paciente que fazem com que a realização da cirurgia represente mais riscos do que benefícios. Elas podem ser absolutas (quando a cirurgia jamais deve ser realizada) ou relativas (quando pode ser realizada, mas apenas após o controle ou correção do problema).
Contraindicações absolutas
São situações em que a cirurgia de artroplastia total de quadril NÃO deve ser realizada, pois o risco de complicações graves supera qualquer possível benefício. Exemplos incluem:
- Infecção ativa local ou sistêmica: Pacientes com infecção em qualquer parte do corpo — especialmente na área do quadril — têm alto risco de complicações sérias, como infecção na prótese.
- Doenças neurológicas progressivas graves: Como doença de Charcot, com perda total de controle muscular.
- Quadro clínico terminal: Pacientes com expectativa de vida muito curta ou em cuidados paliativos.
- Comorbidades graves descompensadas: Insuficiência cardíaca ou pulmonar em estágios avançados, sem possibilidade de estabilização.
- Alergia severa e comprovada aos materiais protéticos, sem alternativas seguras.
Contraindicações relativas
São condições que podem ser otimizadas antes da cirurgia, permitindo a realização do procedimento quando controladas:
- Infecções crônicas tratáveis: Como infecção urinária ou cutânea, que devem ser resolvidas antes da artroplastia.
- Doenças sistêmicas mal controladas: Diabetes descompensado, hipertensão arterial sem controle, anemia grave.
- Obesidade severa: Pacientes com IMC muito elevado apresentam maior risco de complicações cirúrgicas e infecção.
- Problemas de coagulação não corrigidos: Necessitam estabilidade antes da cirurgia.
- Transtornos psiquiátricos graves não estabilizados: Pois comprometem o seguimento de orientações pós-operatórias.
Outras situações a serem avaliadas com cautela
Além das contraindicações já citadas, há situações especiais que exigem análise detalhada:
- Tabagismo ativo: Aumenta risco de infecção, complicações respiratórias e retardo na cicatrização.
- Uso crônico de corticoides ou imunossupressores: Pode dificultar cicatrização e aumentar risco infeccioso.
- Quadros de osteoporose avançada: Risco de falha na fixação da prótese.
Em muitos desses casos, um trabalho conjunto entre ortopedista, clínico, cardiologista e outros especialistas permite minimizar riscos e viabilizar a cirurgia com mais segurança.
Importância da avaliação pré-operatória
A decisão de realizar uma artroplastia total de quadril deve ser tomada após uma avaliação criteriosa do estado do paciente, com exames laboratoriais, de imagem e análise multidisciplinar. O objetivo é garantir que benefícios da cirurgia superem os riscos.
O respeito às contraindicações é fundamental para diminuir o risco de complicações graves, como infecção protética, trombose, embolia pulmonar, falhas de implantação e até óbito.
Conclusão
Embora a artroplastia total de quadril seja uma cirurgia com excelentes resultados, há situações em que ela deve ser evitada ou adiada até que as condições clínicas do paciente estejam sob controle. Por isso, o acompanhamento com ortopedista especialista e outros profissionais de saúde é indispensável para planejar o procedimento de modo seguro e responsável.
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